Ao lado, reprodução do quadro
Os Operários,
de Tarsila do Amaral,
1933
1º de maio é o Dia Internacional dos Trabalhadores. A data lembra a luta histórica dos trabalhadores por dignidade e pelos seus direitos.
O movimento sindical começou nos países centrais do capitalismo, os Estados Unidos e a Europa. No século XIX, as condições do trabalho eram as piores possíveis. As jornadas de trabalho eram exaustivas e iam a 12 ou 16 horas diárias, baixos miseráveis e precárias condições de segurança.
As revoltas não demoraram a aparecer. Em 1º de maio de 1886, operários de Chicago iniciaram uma greve geral para trabalhar no máximo 8 horas por dia. No dia 3 a polícia baixou a repressão violenta. O incidente causou mortes e foi usado para criminalizar os líderes do movimento, que acabaram condenados à pena de morte e executados.
A repressão desmedida causou indignação nos movimentos operários. Em 1889, a Segunda Internacional Socialista, em Paris, escolhe o 1º de maio como o Dia Internacional do Trabalhador, em homenagem aos mártires de Chicago.
Somente após a Primeira Guerra Mundial o dia 1º de maio passou a ser declarado feriado. Uma época em que os direitos sociais básicos começaram a ser reconhecidos. A França instituiu o feriado em 1919, seguida pela União Soviética, em 1920. No Brasil, a data comemorada desde 1895 foi oficializada como feriado em 1925.
Pelo seu significado de autonomia da luta dos trabalhadores, a data é difundida como o Dia do Trabalho. Curiosamente é assim que é chamada nos Estados Unidos. Mas no país onde se originou o Dia Internacional do Trabalhador o Labor Day é comemorado com feriado na primeira segunda-feira de setembro.