O Município de Araucária, como todos os demais, tem prazo até 25 de junho para aprovar o Plano Municipal de Educação. O prazo foi estabelecido pelo Plano Nacional de Educação. Faltam menos de dois meses e o projeto ainda não chegou à Câmara Municipal.
Para debater o assunto, o Sismmar propôs e os vereadores aceitaram realizar audiência pública na noite de 27 de abril, dentro da 16ª Semana Nacional de Promoção e Defesa da Escola Pública. O magistério se apresentou para o debate. A secretária da Educação Janete Miotto Schiontek não compareceu, nem enviou representante.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Roberto Mota, classificou a ausência como desrespeito aos professores e ao legislativo. Segundo ele, Janete havia confirmado presença por telefone e exigiu ser a última a falar, no que seria atendida.
Como os professores estão iniciando a Campanha de Lutas, o Sismmar teve o cuidado de realizar reunião antecipada com os vereadores, pela manhã, para expor os motivos da mobilização e pedir apoio para favorecer as negociações.
“Nossa intenção, com a reunião prévia, foi fazer com que a audiência pública ficasse centrada no PME, evitando contaminar este debate com os demais assuntos da nossa pauta”, explica a coordenadora geral do Sismmar Eloísa Helena Grilo. Ela afirma que “discutir e negociar a pauta será necessário, mas precisa ocorrer em reuniões específicas para isto”.
Para a coordenadora de Comunicação do Sismmar Giovana Piletti a preocupação é “saber se o texto do projeto de lei será fiel àquilo que foi debatido nas conferências e nas demais instâncias com os professores”. A direção do Sismmar teme que a tramitação ocorra a toque de caixa, sem condições para a análise do conteúdo do plano. “É o futuro, são os próximos dez anos da educação que estão em jogo”, ressalta Giovana.