Na assembleia de 12 de março os professores de Araucária decidiram apoiar a mobilização para defender a Petrobras e o Pré-Sal como patrimônios públicos, para que os recursos do royalties do petróleo sejam investidos na educação e na saúde, conforme a lei aprovada em 2013. Haverá mobilização nesta sexta-feira em várias capitais. Em Curitiba será às 17 horas, na Praça Santos Andrade.
Educação e petróleo parecem temas distantes. Contudo, neste momento, educação e petróleo estão conectados e formam uma pauta comum de luta dos professores e dos petroleiros.
Em 2008, o país recebeu uma excelente notícia: a descoberta do Pré-Sal. É uma das maiores jazidas de petróleo do planeta. A expectativa é que a produção nacional de petróleo dobre a te 2020, colocando o país na posição de um dos maiores exportadores mundiais.
No congresso nacional foi alterada a lei do petróleo, que coloca a Petrobras como operadora exclusiva do Pré-Sal. Outras empresas só podem explorar se for em conjunto com a Petrobras.
No entanto, foi na distribuição dos recursos do petróleo que a educação entrou no debate. Professores e petroleiros e os movimentos sociais e estudantil pressionaram o congresso nacional e conquistaram a Lei Nº 12.858, que obriga a destinação dos royalties do petróleo pra as áreas da educação (75%) e saúde (25%).
É uma vitória importante, que garante muitos recursos para melhorar a educação e a saúde públicas no Brasil. Mais verbas podem significar o avanço da pauta dos educadores, como a valorização profissional, melhores estruturas de ensino e o efetivo cumprimento do plano Nacional de Educação (PNE).
O problema agora é que os ataques à Petrobras colocam em risco todas as conquistas recentes na legislação do petróleo. O objetivo da campanha difamatória contra a Petrobras, articulada pela elite brasileira e pela mídia é privatizar a empresa e colocar o pré-sal nas mãos das grandes multinacionais do petróleo.
Por isto, educadores, petroleiros e todo o movimento social brasileiro se unem novamente em uma frente popular para barrar os retrocessos e fazer valer as conquistas sociais que no petróleo pode trazer à sociedade.