É óbvio que para um trabalhador ou trabalhadora não é só o salário que conta. Apesar de ser essencial na relação entre o dono da força de trabalho e aquela a vende, constituindo a base do sistema que vivemos. Ou seja, para a grande maioria da população o assalariamento é a forma de garantir a sobrevivência para si e para a sua família. Assim também é para os professores. Mas boas condições de trabalho e a valorização profissional não podem ser menosprezadas.
Boas condições de trabalho dizem respeito às condições ideais de exercício da profissão. Número adequado de alunos em sala de aula, materiais e tecnologias disponíveis, Questões de acústica, de equilíbrio térmico e de iluminação, apoio aos estudantes com dificuldade em contra turno, participação na tomada decisões, acompanhamento e prevenção de saúde são alguns itens que devem ser avaliados.
A valorização profissional é um item que o Magistério não abre mão. Por valorização podemos compreender um conjunto de medidas que elevem a importância do trabalho desenvolvido pelo professor nas escolas, pelo estimulo a formação profissional e para que o professor sinta-se motivado a desempenhar um bom trabalho.
Podemos considerar que em termos salariais, as lutas e conquistas aliado ao patamar de arrecadação de Araucária nos possibilitaram avanços. Mas em relação às questões de valorização e condições de trabalho estamos muito longe de nos orgulhar de trabalhar na rede de ensino municipal.
Carreira congelada, profissionais tratados como gastos (em especial de 6º ao 9º ano), escolas sucateadas, “empurra-empurra” entre Secretaria de Educação e de Obras, falta de diálogo entre Smed e escolas no planejamento das ações.
Além disso, a visão empresarial do secretário de educação Ronaldo Martins o distanciou e muito da realidade das escolas e cmeis. Demonstrou-se inexpressivo na condução de uma das maiores secretarias da administração pública.
Na última edição do jornal O Popular na coluna Notas Politicas, se especulou sobre a troca do secretario. Com muita sinceridade, é preciso que a Smed receba uma atenção particular do prefeito Olizandro, no sentido de corrigir os erros que a administração como um todo vem cometendo com os profissionais e que a nomeação de um suposto novo secretário ou secretária seja mais do que uma costura política eleitoral.
É urgente que quem assuma o posto se empenhe de verdade, pois não está fácil confiar e apostar neste governo. Infelizmente, padece toda a educação.