Diretores de escolas estiveram reunidos na manhã de sexta-feira, 10, no Sismmar, para debater problemas enfrentados pelas escolas. Também conversaram sobre ações para cobrar atitudes do poder público para melhorar a situação.
Segundo os diretores, nos encontros com a administração pública eles só ouvem lamentações sobre o custo da folha de pagamento. O discurso de contenção de despesas tem criado um clima de insegurança entre os servidores.
Enquanto isto, nas escolas o problema da falta de pessoal é generalizado. Não há professores para substituir aqueles que adoecem e apresentam atestado médico. Não há secretários escolares nos Cmeis e em outras unidades. Nas turmas do 6º ao 9º ano o número de estudantes é excessivo, muito além da quantidade indicada pelo Conselho Municipal de Educação.
Diante deste quadro, o corte das horas extras só agrava a situação. Os diretores reivindicam a regulamentação da atividade das serventes que estão atuando como merendeiras.
A qualidade da alimentação escolar foi muito criticada. Muitas vezes os produtos licitados são de péssima qualidade e os materiais utilizados pelos estudantes são de plástico, quando deveriam poderiam ser de alumínio, por ser mais higiênico.
O Sismmar vai enviar ofício ao Conselho Municipal de Alimentação solicitando que fiscalize e elabore relatório sobre a situação da alimentação nas escolas.
As escolas funcionam sem recursos. Muitas sobrevivem com dinheiro de bazares e rifas, que financiam consumo básico. O prometido fundo rotativo ainda não está aprovado. A proposta sequer chegou à Câmara Municipal.
As verbas recebidas por meio de programas federais têm aliviado a situação. Mas as direções escolares reclamam da falta de estrutura para realizar os programas, como Mais Educação ou PDE interativo.
Para enfrentar a violência nas escolas uma medida proposta foi a instalação de câmaras de segurança no entorno das escolas. As direções escolares também querem que a administração municipal cumpra o compromisso de enviar agentes da Guarda Municipal para auxiliar na segurança e que contrate mais inspetores escolares.