Uma escola de Capitão Leônidas Marques (a 460 km de Curitiba) antecipou as férias escolares de julho depois que uma estudante de 16 anos morreu por gripe A e outros quatro alunos foram contaminados pelo vírus H1N1. Todos os cinco casos registrados no município ocorreram na instituição de ensino.
Número de mortes por gripe A na Região Sul chega a 57
Solange Merthes Hart morreu no dia 19 de junho em um hospital de Cascavel. Apesar de a doença ter sido confirmada só na segunda-feira (25), muitos pais já não estavam mandando seus filhos para a escola com medo de contaminação.
Mário Martins Ribeiro, presidente da APMF (Associação de Amigos, Pais, Mestres e Funcionários) do Colégio Estadual Tenente Carlos Argemiro de Camargo, disse que a decisão de antecipar as férias ocorreu na segunda-feira, quando outra estudante foi para a escola levando um exame com resultado positivo para H1N1. “Alunos e professores entraram em pânico”, conta Ribeiro.
As férias dos 1.200 estudantes da instituição foram antecipadas em uma semana. Os alunos do período da manhã foram dispensados durante o intervalo.
Treze professores e 64 estudantes com sintomas de gripe já tinham atestado médico, o que contribuiu para a antecipação das férias. “As aulas serão repostas durante o ano”, diz Ribeiro.
As secretarias de Saúde e de Educação do Paraná consideraram a medida desnecessária. A APMF, no entanto, diz que se for preciso vai lutar para que o período de férias seja estendido.
O pedreiro Egídio Hardt, 48, disse não entender a perda da filha única, que, segundo ele, era saudável e tinha apenas rinite alérgica. “A gente fica se perguntando como uma doença pode vir tão rápida”, afirmou.