A direção e os professores da Escola Municipal Profª Balbina Pereira de Souza suspenderam as aulas e mobilizaram a comunidade para vencer a violência.
Na terça-feira, 27, não houve aulas. Foram realizada reuniões no início da manhã e no início da tarde para debater com os responsáveis pelos estudantes a situação vulnerável da escola.
À tarde uma grande comissão representando da comunidade escolar foi até a Secretaria da Educação para reforçar a cobrança por providências, em encontro com o secretário Ronaldo Martins e o diretor do Departamento de Ação e Prevenção da Guarda Municipal Edivaldo Tonholi.
Na última semana ocorreram seguidos casos de invasão na unidade. Num deles, um menino – possivelmente procurando algum estudante – chegou a ameaçar a diretora Dirléia Matias. “Meu tiro é certeiro”, disse. Noutro, pais entraram para tirar satisfação e agrediram colega que brigara com a filha na escola.
Numa ocorrência a guarda municipal foi acionada porque pessoas rondavam o local. Na fuga, acabaram largando a moto, que, constatou-se, estava irregular. Ficou no ar o medo que retornassem.
Os problemas foram registrados em ata interna e em boletim de ocorrência policial. A Secretaria Municipal da Educação e a Guarda Municipal também foram informadas, para que tomem as providências.
As deficiências da segurança na escola, na rua e no bairro são grandes. E não são de agora. Reunião com os pais realizada em 6 de março já havia abordado a situação de vulnerabilidade da escola.
No primeiro semestre foi elaborado um amplo relatório com as deficiências de segurança da unidade e propondo ações para enfrentar o problema. O documento foi apresentado na plenária do Fórum de Enfrentamento à Violência nas Escolas, em junho deste ano, e encaminhado a vários organismos do poder público.
Na reunião na Smed, a comunidade da escola Balbina obteve a promessa de que terá guarda municipal nos dois turnos e será imediatamente consertado o telefone. O único número que funciona é usado para acionar a campainha do portão. A Secretaria de Obras será acionada para encaminhar obras para melhorar as condições da escola, como os muros baixos, que permitem a entrada fácil de pessoas alheias ao espaço escolar.