No ano de 2019, tanto a Reforma da Previdência desenhada pelo ministro da Economia de Bolsonaro quanto a PEC Paralela, que trata da inclusão de estados e municípios na reforma, foram aprovadas. Com isso, agora os governadores e prefeitos têm aval para atacar a aposentadoria dos servidores, deixando-a nos moldes da reforma de Paulo Guedes. Isto é, trabalhar por mais tempo para receber um valor de aposentadoria menor.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (SISMMAR) tem conhecimento de que o prefeito de Araucária já se prepara para atacar a aposentadoria dos servidores municipais. Em reunião com a direção sindical, o Secretário de Governo e o Procurador Geral do Município já adiantaram que pretendem subir de 11% para 14% o percentual de contribuição dos servidores para o sistema previdenciário.
A desculpa da vez é que o município de Araucária precisa mexer na aposentadoria dos servidores para “se adequar a Constituição”. Porém, vale lembrar que quando o assunto era a aposentadoria especial para as professoras pedagogas, que estava prevista na lei federal até as alterações da Reforma da Previdência, não havia a mesma preocupação em relação a cumprir a legislação.
Para piorar, o discurso do governo Hissam é que será necessário aumentar a contribuição por parte dos servidores para que a Prefeitura possa pagar o que deve aos trabalhadores, como é o caso da promoções e progressões que já deveriam ter sido pagas aos professores do 1º ao 5º ano.
Ou seja, é mais uma vez a gestão Hissam tentando retirar direitos dos servidores municipais com promessas que sequer podemos saber se serão cumpridas. É preciso que relembrar que este governo já fez diversas promessas que nunca chegou a cumprir, como é o caso do reenquadramento das aposentadas do magistério no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e do pagamento de promoções e progressões, entre outros exemplos.
Outro ponto importante de salientar são as prioridades da gestão Hissam e a velocidade dos ataques aos servidores. Para implantar uma Reforma da Previdência municipal, há muita pressa. Enquanto isso, a Prefeitura tem uma dívida de 12 anos com as aposentadas, uma dívida de 7 anos com os professores de 1º ao 5º ano, além de os professores estarem há 8 anos sem ganho real no salário.
Por que quando é ataque existe celeridade e quando é para pagar o que deve aos trabalhadores não existe a mesma pressa? A resposta é óbvia. A prioridade de Hissam e sua equipe não é valorizar os servidores que trabalham em prol de Araucária e, consequentemente, não é oferecer serviço público de qualidade aos araucarienses.
Sendo assim, a união dos servidores de Araucária se faz mais do que necessária neste momento, bem como o apoio da população. HAVERÁ LUTA EM DEFESA DA NOSSA APOSENTADORIA!