Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

greve pela vidaDesde que a pandemia de Covid-19 teve início no Brasil, o SISMMAR, em conjunto com os professores e o SIFAR, se manteve firme na luta em defesa da vida. No dia 17 de março de 2020, depois de muita cobrança dos sindicatos, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) comunicou a suspensão das aulas por tempo indeterminado.

A partir daquela etapa, o SISMMAR passou a organizar assembleias, reuniões e Conselhos de Representantes de forma online para barrar todo tipo de ataque à vida. Já no começo deste ano, no dia 15 de janeiro, sem qualquer diálogo com os professores e o sindicato, a gestão Hissam publicou um decreto que permitia o retorno das aulas presenciais. Antes disso, no entanto, os trabalhadores da Educação já tinham deliberado em assembleia, ainda em 2020, por fazer uma greve pela vida caso a Prefeitura insistisse no retorno presencial sem segurança.

Com o movimento “Sem vacina, Sem retorno”, no dia 02 de fevereiro conquistamos uma importante vitória: a manutenção do ensino remoto para salvar vidas através de uma resolução do Conselho Municipal de Educação (CME), com forte atuação dos conselheiros classistas. Mas, o prefeito Hissam não desistiu de atacar a vida da comunidade escolar e atropelou a decisão do CME.

O prefeito chegou a anunciar no jornal O Popular, no dia 09 de fevereiro, o retorno das aulas presenciais no dia 1º de março na rede municipal de Araucária. Mais uma vez, o SISMMAR e a categoria não desistiram da luta e somente através da nossa mobilização conseguimos barrar esse retorno irresponsável, que certamente teria custado muitas vidas, já que a pandemia seguia avançando com a demora na chegada das vacinas.

Com a intensificação da campanha em defesa da vida promovida por SISMMAR e SIFAR e a aprovação do indicativo de greve do magistério pela vida em março, conseguimos barrar a volta das aulas presenciais no pior momento da pandemia. A Prefeitura recuou na decisão do retorno híbrido e conseguimos a publicação de um decreto que prorrogou o ensino remoto até o dia 31 de maio.

Enquanto o governador Ratinho Jr ordenava a volta das aulas presenciais na rede estadual, a luta dos professores de Araucária impediu que o mesmo ocorresse no município. Dessa forma, também conseguimos impedir o retorno presencial até o mês de agosto, travando uma dura batalha contra todas as ameaças da Prefeitura em conluio com a Smed.

No dia 10 de junho, Hissam e Smed enviaram um ofício, mais uma vez sem qualquer diálogo com os trabalhadores ou sindicatos, informando sobre o retorno a partir de agosto. O SISMMAR seguiu cobrando diálogo e, depois de inúmeras tentativas de negociação, o prefeito optou por não atender as reivindicações dos professores, o que fez com que a categoria deflagrasse a greve pela vida, em assembleia no dia 31 de julho.

[tds_warning] A GREVE PELA VIDA

greve pela vidaA greve teve início no dia 02 de agosto e no segundo dia já contava com a adesão de cerca de 70% dos trabalhadores que foram convocados ao presencial (8º e 9º anos). Em conjunto com o comando de greve, os coordenadores do SISMMAR exigiram diálogo com a Prefeitura, porém não foram recebidos pelo prefeito que optou por judicializar a greve ao invés de negociar com os trabalhadores.

Mesmo sob a pressão da justiça, que considerou a greve pela vida ilegal no dia 05 de agosto e determinou que os professores voltassem para as aulas presenciais, quem decidiu foi a categoria e isso fez com que conseguíssemos adiar o retorno presencial em 9 dias. Apenas no dia 11 de agosto os professores de Araucária tiveram que voltar para as aulas presenciais, enquanto em muitos municípios, inclusive Curitiba, o ensino híbrido já ocorria há meses.

Enquanto os professores da rede estadual foram obrigados pelo desgoverno Ratinho Jr a voltar para o ensino presencial no mês de julho, através de nossa pressão e incessante diálogo com toda a comunidade escolar e a população conseguimos adiar o retorno presencial o máximo possível.

Reforçamos até agora a tese de que as aulas presenciais ainda não seguras porque, como a realidade nos mostra, ainda há muitas pessoas morrendo pelas complicações da Covid-19, mesmo com as duas doses da vacina. Ou seja, os trabalhadores, principalmente aqueles que compõem os grupos de riscos da Covid, ainda não estão completamente protegidos. Os estudantes também não.

Porém, apesar de o SISMMAR pautar que ainda não é o momento seguro para o retorno presencial das aulas, é preciso reconhecer que a nossa mobilização garantiu, no limite e na contramão de diversos outros sindicatos que não foram até a última trincheira da luta pela vida, que o retorno acontecesse apenas num período muito próximo da imunização do quadro completo do magistério de Araucária.

Foi dessa forma que a nossa luta organizada minimizou e reduziu quase todos os danos possíveis. Se ainda hoje a maioria das famílias ainda opta pelo ensino remoto na rede municipal é porque os sindicatos e os trabalhadores da Educação jamais deixaram de dialogar com toda a comunidade. Nossa mobilização e luta fazem a diferença!

Por isso, seguimos em estado de greve em conjunto com os servidores organizados com o SIFAR! Incorporamos ao Estado de Greve também outras reivindicações como a data-base e a luta contra as reformas administrativa e da previdência, e seguimos cobrando para que os protocolos de segurança sejam seguidos à risca nas unidades.

FIRMES! Só a Luta Muda a Vida [/tds_warning]

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