Há exatamente um ano os servidores de Araucária começavam uma greve histórica, que uniu todas as categorias do serviço público municipal.
De 4 a 16 de setembro de 2013 foram paralisadas todas as atividades da Prefeitura, culminando uma luta que vinha por meses, com manifestações diversas.
Desde o início Olizandro deu mostras de que não privilegiaria a negociação. Quando os servidores ainda tentavam um acordo antes de deflagrar a greve, ele recorria à Justiça. Já no dia 3, Procuradoria Geral do Município (PGM) entrou com pedido de liminar na Justiça local solicitando a ilegalidade da greve. Errou, porque desde 2010 este tipo de decisão é de responsabilidade do Tribunal de Justiça (TJ).
A PGM então recorreu ao TJ. O despacho do desembargador Nilson Mizuta foi mais uma derrota do prefeito. Ele não declarou a greve ilegal e não determinou o desconto dos dias parados. Apenas acatou o pedido para manter 50% dos serviços funcionando.
Em assembleia, os servidores decidiram respeitar a decisão judicial e retornar parcialmente ao trabalho.
A partir do dia 10 as aulas passaram a ser ministradas até o recreio e os Cmeis funcionaram apenas à tarde.
O passo seguinte da administração foi tentar desgastar o movimento, que seguia forte e unido, apesar do cansaço que submetia todos. Mas o apoio que recebiam no acampamento mantido na frente da Prefeitura aproximava as pessoas e lhes restituía o vigor.
Como nem a campanha de mídia logrou sucesso, quando a greve ia para a terceira semana o prefeito mudou sua estratégia. Apresentou proposta de negociação. Assumiu compromissos, com prazos e objetivos, que levaram ao fim da greve.
Infelizmente, chegou 2014 e as promessas ainda não foram cumpridas. As promoções e progressões continuam não sendo pagas. Para piorar a situação, a carreira da Docência I foi congelada.
A única promessa atendida foi corrigir os salários pela inflação em fevereiro, com oito meses de atraso. Porém, nova data-base, em junho, passou e novamente a correção salarial está atrasada.