Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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A Boca Maldita, no Centro de Curitiba, foi o local escolhido por três dos núcleos sindicais da APP (Curitiba Sul, Curitiba Norte e Metro Norte) para a realização dos atos desta quinta-feira (9). A atividade, organizada pela APP-Sindicato, reuniu cerca de mil trabalhadores em educação e estudantes que, em meio a palavras de ordem e falas, panfletaram para o público que transitava no local. 

Através dos materiais, faixas e discursos, quem estava no local tomou conhecimento do motivo da mobilização: a implementação do um terço da hora-atividade no Paraná. Além da defesa da aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública do país, o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) – com a devida correção do valor para este ano, 22,22% -, a criação de um melhor sistema de atendimento à saúde dos servidores, além da rapidez no processo de adequação do plano de carreira dos funcionários de escola.

De acordo com a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, os relatórios dos núcleos sindicais apontam que mais de 90% da categoria aderiu à paralisação parcial. Além do ato unificado em Curitiba, os outros núcleos sindicais espalhados pelo Estado promoveram atos regionais. “Hoje, estamos mobilizados em todo o Paraná. Queremos do governo uma resposta sobre a hora-atividade e não existe motivo para aguardarmos mais”, destacou. 

Marlei lembrou o público sobre a paralisação marcada, e aprovada pela categoria, para o dia 15 de março. “A atividade integra a greve nacional de três dias – 14, 15 e 16 de março – convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Aqui no Paraná, nós vamos paralisar as atividades por apenas um dia. No dia 31 de março, faremos uma assembleia estadual dos trabalhadores em educação na qual avaliaremos quais serão os nossos próximos passos”, informou.

No ato desta quinta-feira, a presidenta da APP também lembrou da luta dos estudantes pelo passe livre no Estado e, em seguida, falou das bandeiras dos deficientes físicos, em especial no que se refere à questão da acessibilidade. Durante a atividade na Boca, professoras de Libras (Língua de Sinais) do Instituto do Paraná fizeram a tradução simultânea para os alunos e educadores com deficiência auditiva. 

O secretário de Imprensa e Divulgação da APP, Luiz Carlos Paixão da Rocha, lembrou que a luta em nível nacional fez com que, em 2008, fosse publicada a Lei Nacional 11.738, que institui o PSNP. “A nova legislação trouxe, além de um Piso Nacional, a obrigatoriedade de destinar 1/3 da jornada de trabalho dos professores para a hora-atividade. Uma grande conquista, mas que ainda não foi implantada no Paraná”.

Já a secretária de Formação da APP, professora Janeslei Aparecida Albuquerque, chamou a atenção para outros itens da mobilização. “Nossa luta é por salários e hora-atividade, mas também por um currículo que emancipe. Não podemos aceitar que na educação de crianças, jovens e adultos sejam usados os mesmos critérios da fabricação de qualquer objeto. Gente não é coisa. Além disso, é bom lembrar que a hora-atividade não servirá apenas para preparamos aulas e corrigirmos provas, também é para termos tempo para pensar e estudar”, afirmou.

Samba na CUT – O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também participou do ato na Boca Maldita. Ele reforçou o apoio da entidade aos educadores, inclusive na realização, no próximo dia 16, de um encontro sobre a Lei do Piso que está sendo organizado em conjunto com a APP e com o Sismuc. O Encontro será realizado, a partir das 8h30, no Espaço Cultural dos Bancários, em Curitiba.

Em seguida, a secretária geral da CUT, Marisa Stedile, falou sobre o carnaval de consciência política e de classe que acontecerá no centro de Curitiba. É o tradicional Bloco de Carnaval Revolucionário da CUT/PR, chamado de “Balança povo que o de cima cai”. Este ano, o tema do samba enredo será: ‘Política e Educação’. A concentração do bloco está marcada para o dia 16 de fevereiro, às 16 horas, na Praça Santos Andrade, em Curitiba. De lá, os animados manifestantes saem em ritmo de samba com protesto pela Rua XV de Novembro em direção à Praça Osório. 

Fonte: APP-Sindicato

 

 

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