Neste 15 de outubro, Dia da Professora e do Professor, o magistério municipal de Araucária segue mobilizado e em luta por respeito, valorização, condições de vida e de trabalho e pelo engavetamento definitivo do pacotaço!
Há mais de 900 dias em luta contra o pacotaço de maldades, a categoria reivindica principalmente a manutenção do plano de carreira, conforme a Lei Municipal 1835/2008, o cumprimento integral da lei do Piso Nacional do Magistério, a autonomia do Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA), o direito à uma aposentadoria digna e melhores condições de trabalho.
O pacotaço, da forma como está nos Projetos de Lei (PLs), acaba com as possibilidades de avanços na carreira, abre as portas para o assédio moral nas Unidades Educacionais através da avaliação de desempenho, desvaloriza a formação dos docentes, pune os aposentados com a taxação e acaba com a autonomia do Fundo de Previdência e com a gestão democrática, entre outros ataques graves.
É por isso que as professoras e professores de Araucária seguem em luta, no Dia do(a) Professor(a) e em todos os outros dias do ano, inclusive organizando paralisações, greves e atos de resistência em conjunto com o seu sindicato. Não fosse essa ampla mobilização, a categoria já teria perdido direitos históricos que foram duramente conquistados com suor e luta.
Menos demagogia, mais valorização!
Todo Dia do(a) Professor(a) é a mesma coisa. Os governos parabenizam, fazem homenagens nas redes sociais e alguns até dão presentes às professoras e professores da rede pública. Mas, em todos os outros dias do ano a categoria sofre com os mais diversos tipos de ataques, como salários defasados, péssimas condições de trabalho e projetos que visam destruir o plano de carreira e a previdência, entre outros.
Por isso, infelizmente, o Dia do(a) Professor(a) não é uma data de comemoração, mas uma data de resistência para o magistério. Um dia para que toda a sociedade civil reflita sobre as condições de trabalho dos(as) professores(as), que seguem sendo perseguidos por projetos que visam não apenas o desmonte da Educação Pública, mas de todos os serviços públicos.
Essa é uma situação que não ocorre apenas em Araucária, mas em todo o país, de forma geral. Uma pesquisa desenvolvida em 35 nações ao redor do mundo pela Varkey Foundation revela um triste dado: o Brasil é o país que menos valoriza os professores e a situação só tem piorado.
Saúde mental dos(as) docentes
Já a pesquisa Saúde Mental dos Educadores 2022, revelou que a saúde mental dos docentes piorou nos últimos anos. Em 2021, o número de professores que consideravam a sua saúde mental “ruim” ou “muito ruim” era de 13,7%. Em 2022, esse número aumentou para 21,5%.
Entre os problemas mais citados estão os sentimentos intensos e frequentes de ansiedade (60,1%) e baixo rendimento e cansaço excessivo (48,1%). 84,6% dos entrevistados pela pesquisa eram professores da rede pública.
Em Araucária, quando os(a) profissionais adoecidos(as) precisam recorrer ao Departamento de Saúde Ocupacional (DSO), ao invés de encontrarem um departamento que atue na promoção, preservação e recuperação da saúde do(a) servidor(a), ainda sofrem com intimidações, constrangimentos e ridicularização por parte justamente de quem deveria proporcionar acolhimento. Essa tem sido a realidade.
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Diante de tudo isso, o que resta para as professoras e professores é a luta e, nesse quesito, o magistério de Araucária tem sido um exemplo. Da luta viemos, na luta estamos e da luta não nos retiramos!
VIVA AS PROFESSORAS E PROFESSORES DE LUTA DE ARAUCÁRIA!
PELA CARREIRA E PREVIDÊNCIA, SOMOS RESISTÊNCIA!