De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Paraná, 180 pessoas tiveram Gripe A, conhecida também como “Gripe Suína”, este ano e 13 delas morreram em decorrência da doença. Em 2009, o vírus Influenza A (H1N1), que causa a doença, levou ao adoecimento e morte de várias pessoas no país. De lá para cá, a cada ano, várias prefeituras e governos estaduais realizam campanha de vacinação nas escolas, como medida preventiva tanto aos profissionais quanto aos estudantes.
Em nota para a coluna do jornal O Popular desta semana, a direção do Sismmar mostrou o quanto os profissionais do magistério estão sujeitos à exposição da doença. O exemplo utilizado no texto foi o de um professor de matemática. Este dá cinco aulas diárias em cinco turmas diferentes com uma média de 30 alunos por sala. Portanto, tem contato com pelo menos 150 jovens por dia. Fato que não pode ser tratado com indiferença.
Por isso, o Sismmar solicitou ao município que adquirisse lotes da vacina e realizasse uma espécie de ‘força-tarefa’ para vacinar os trabalhadores das escolas e cmeis, sem que os mesmos precisem se deslocar do local de trabalho. “Como sabemos, a imensa maioria dos professores trabalha em duas e ate três escolas diferentes num mesmo dia e os intervalos de almoço passam no caminho entre um local e outro. A medida não apenas facilita o acesso ao medicamento, mas protege e respeita a condição do professor”, destacou a diretoria do Sismmar..
Segundo os diretores, a informação recebida pelo sindicato foi a de que não há lotes especiais para educação e que ‘se sobrar’ do lote adquirido pela rede de saúde cederão aos servidores da educação. “E ainda: os professores substitutos que se afastarem em licença médica perderão seus vencimentos referentes aos dias que estiverem tratando de sua saúde. È essa a verdadeira preocupação da administração para com o magistério. Punir e retirar direitos dos professores que adoecem”, denuncia o Sismmar.
Grupos vulneráveis – Ocorrências como as registradas pelo estado do Paraná revelam que o Brasil não está livre de uma nova epidemia da Gripe A. Dessa forma, as crianças, os idosos e a gestantes devem ter cuidados redobrados neste período em que estão mais propícios à contaminação, já que são considerados grupos de alto risco para a infecção.
No caso das gestantes, por exemplo, se a mãe pegar a doença, o filho também corre riscos, principalmente nos três primeiros meses de gestação, quando está ocorrendo a divisão celular fetal. As consequências para o feto podem ser malformações congênitas, abortos ou partos prematuros. Diante dessa realidade, como medida preventiva, muitas empresas procuraram adotar regras próprias para as empregadas grávidas. Para o Sismmar, o poder público deve olhar atentamente para esses dados e adotar medidas que previnam a doença. O direito à vacinação deve ser estendido aos grupos mais vulneráveis, sobretudo os que estão nas unidades escolares, locais de concentração de várias pessoas.