Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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Circulou matéria no Jornal O Popular a respeito da decisão do prefeito pela suspensão do recesso nos Cmeis às vésperas de seu início, dando a entender que Olizandro assumiu posição em favor dos pais. Insinuou-se desse modo, que haveria os que fossem contra os pais das crianças atendidas – ou seja, os servidores públicos. No caso as atendentes infantis, cozinheiras e serventes que trabalham nesses locais e que se beneficiariam com o recesso.

São 37 unidades e cerca de 700 servidores envolvidos. No primeiro dia de funcionamento após a medida adotada, a frequência foi reduzidíssima. O que justificaria a realização dos atendimentos em Cmeis polos em diferentes regiões da cidade. Mais economia e menos oportunismo e demagogia já resolveriam essa questão.

Mas nos resta ainda alguma dúvida sobre o lado assumido pelo prefeito e cabe perguntar aos nobre gestores e fiscalizadores públicos se estarão ao lado pais que:

– Aguardam na fila de espera por vaga nos Cmeis?

– Necessitam de agendamento de consultas pediátricas, psicológicas e oftalmológicas com frequência e urgência?

– Possuem filhos atendidos em casas alugadas e improvisadas?

– Os filhos são obrigados a dormir e realizar suas atividades em salas fora do padrão estabelecido pelas normas?

– Aguardam pela reforma, ampliação ou construção de um espaço adequado para que suas crianças permaneçam cerca de 9 horas do seu dia?

– Lutam por um Cmei mais próximo a sua residência?

– Entregam seus filhos em Cmei que carece de profissionais e que os que ali estão adoecem por sobrecarga e excesso de trabalho?

– Suas crianças são atendidas por estagiários, ao invés de profissionais formados e habilitados?

As (e os) profissionais que trabalham nos Cmeis públicos de Araucária dedicam sua vida e saúde  para atender as crianças e lutam por reconhecimento da profissão. Hoje estão se sentindo moralmente ofendidas e desvalorizadas com a forma como a situação foi tratada. Mesmo assim, estarão nos locais de trabalho nesse período para atender um número pequeno de crianças.

Um calendário aprovado no final do ano passado, vigente desde o início deste ano, debatido entre os conselhos escolares dos Cmeis, pela Smed, pelo Conselho Municipal de Educação “surpreende” o prefeito na metade do ano. Ora, alguém estava dormindo em berço esplêndido ou não estava tão do lado dos pais na hora em que devia.

Aos pais, que abram bem o olho! Tem muito lobo com pele de cordeiro à solta por aí. Do contrário acabaremos responsabilizando quem não tem tinta na caneta e livrando a barra de quem está rindo à toa e tirando proveito político da situação.

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