As professoras das Escolas Especiais Joelma Túlio e Padre Anusz formaram uma comissão com o Sismmar e a Smed para discutir a situação desta modalidade de ensino.
Em breve o município não receberá mais recursos do Fundeb para escolas especiais. O dinheiro vai à escola regular, que receberá o valor do custo-aluno em dobro para cada estudante incluído.
A Comissão teme que o processo de inclusão resulte em prejuízos para o desenvolvimento educacional dos estudantes destas escolas.
Estes encontros vêm sendo realizados desde o final de 2013. O mais recente ocorreu na quinta-feira, 10, no Sismmar.
Nesta ocasião as professoras elaboraram uma carta solicitando para serem inseridas no debate do Conselho Municipal de Educação que orientará a regulamentação a situação administrativa, financeira e pedagógica das escolas.
Quem trabalha com a Educação Especial na rede municipal está muito preocupada com a situação dos estudantes com múltiplas deficiências ou com idade avançada. Elas temem o prejuízo pedagógico com a inclusão em escolas regulares, sem a estrutura educacional e de saúde necessárias.
“O sistema municipal de ensino seriado, baseado em avaliações mensuradas por nota demonstra-se incapaz de atender às especificidades (…) da evolução acadêmica destes estudantes”, dia a nota.
Além de pedir para participar da regulamentação da educação especial na cidade, as professoras sugerem:
– Assessoria técnico-pedagógica para acompanhar as discussões.
– Reconhecimento do modelo das escolas de educação básica, na modalidade de educação especial.
– Consulta ao Ministério Público Estadual sobre os limites e possibilidades da permanência do atual modelo das escolas especiais.
– Inclusão de representantes de Conselhos e Secretarias que tratam de políticas públicas para as pessoas com deficiência na definição do modelo de atendimento.
– Audiência Pública com o Poder Executivo e Legislativo sobre a regulamentação da política de inclusão dos estudantes matriculados nas escolas especiais públicas.
Confira a seguir a Carta assinada