Nesta terça-feira, os professores de Araucária pediram aos pais que cuidassem dos seus filhos. Eles não foram às escolas. Foram à Prefeitura Municipal ensinar ao prefeito a lição que direito se respeita. A categoria não vai aceitar o arrocho salarial e o congelamento dos direitos de carreira.
Os professores reuniram-se desde cedo na frente da Secretaria da Educação e de lá saíram em passeata rumo à Prefeitura Municipal.
Uma grande representação da categoria foi recebida pelo prefeito e vários secretários.
O prefeito afirmou que os salários e os direitos vão ficar congelados até segunda ordem.
Disse também que não pensa em reduzir mais os cargos comissionados para não criar atritos com sua base aliada. “Aí não aprova nada [na Câmara de Municipal]”, reclamou Olizandro, reconhecendo que esses cargos são realmente para atender aos grupos de apoio.
Os professores também foram levar seu protesto à Câmara Municipal. O plenário ficou lotado, com pessoas em pé, sentadas nos corredores.
Os vereadores da base aliada, e também os da oposição ficaram sabendo que a categoria está unida e vai querer solução.
Foi apresentado ao Legislativo o pedido para a abertura de uma CPI para investigar a crise financeira da Prefeitura. Vários professores usaram a palavra para reclamar das más condições de trabalho, do uso do recurso público para recompensar favores eleitorais.
As atividades continuaram com debates no espaço do plenário da Câmara. O economista Sandro Silva, do Dieese, compartilhou informações sobre a folha de pagamento e a Lei de Responsabilidade Fiscal. O advogado Ludimar Rafanhim expôs questões sobre a carreira do magistério.
Ao final do dia, assim como ocorreu ao meio-dia, professores também participaram da manifestação promovida pelo Sifar, na Prefeitura Municipal.
Foi um reforço para a ação conjunta de todos os trabalhadores do serviço municipal. Vários servidores que não estavam em expediente participaram da manifestação do magistério.