Os funcionários do Estado do Paraná devem começar nos próximos dias uma greve geral no serviço público. A motivação é o pacote de maldades que o governador Beto Richa (PSDB) baixou atacando direitos previstos nos planos de carreiras, dando um enorme calote.
Neste sábado, dia 7, ocorrem assembleias de diversas categorias e na terça-feira, dia 10, mobilizações em todo o Estado.
Só depois que passou a eleição o governador admitiu que o Estado está falido. Um verdadeiro estelionato eleitoral, pela desonestidade com que conduziu a campanha para obter o apoio da população. O primeiro golpe ocorreu no final do ano passado, com o tarifaço imposto contra toda a população, que repercutiu inclusive no recente aumento do preço da gasolina, devido à majoração do ICMS.
Agora Richa enviou à Assembleia Legislativa as mensagens de Lei 01/2015 e 02/2015. Entre elas está a redução do quinquênio, de 5% para 0,1%. Se forem aprovadas, as medidas promoverão enorme retrocesso nos direitos do funcionalismo e nas escolas. Não punirão somente os servidores, mas as futuras gerações de paranaenses com a precarização da escola pública e dos demais serviços.
Confira várias das medidas maldosas de Beto Richa contra os servidores e contra a população:
- Cancelou o processo de eleição dos diretores, em novembro/2014.
- Tarifaço, com aumentos de impostos, com o IPVA e do ICMS de mais de 95 mil produtos,
- Taxou em 11% do salário dos aposentados do Estado.
- Impediu matrículas para 6º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio em muitas escolas de pequeno porte, especialmente do campo, que logo serão fechadas.
- 29 mil professores/as PSS – contratados temporários – tiveram atrasos no pagamento de dezembro, sem acertos da rescisão, e foram demitidos sumariamente.
- 10 mil funcionários/as de escolas foram afastados com a promessa de que 30% serão cortados.
- O abono de férias não foi pago.
- As promoções e progressões de professores/as e funcionários/as também não foram pagos durante todo o ano de 2014.
- O repasse ao fundo rotativo das escolas sofre atrasos sistemáticos.
- Atrasos do pagamento de convênios com escolas, entidades da educação especial, escolas itinerantes da reforma agrária.
- Em dezembro foi feita a distribuição das aulas. Muitos professores/as e pedagogas/os que passaram no concurso pediram demissão de empregos anteriores, se mudaram para perto das escolas em que iriam trabalhar. Em janeiro ficaram sabendo que isto tudo não valeu nada. Vários deles não serão chamados. Ficaram à deriva.
- Revogou a nova portaria sobre o porte de escola e retomou a antiga, sobrecarregando os profissionais e superlotando as salas de aulas.
Imagem extraída do perfil do SindSaúde/PR em rede social