Uma comissão com professores e servidores das demais categorias do serviço municipal reuniu-se na manhã desta terça-feira, 24, com a administração. O objetivo do encontro era apresentar a pauta emergencial de reivindicações dos professores e iniciar as negociações.
Decepção é a palavra que define o sentimento das direções do Sismmar e do Sifar e, principalmente, das professoras e servidores das bases das categorias na saída do encontro. “A impressão que eu tive é de que nós não temos importância nenhuma e, da mesma forma, a qualidade da educação, para eles, não tem importância nenhuma”, comentou a pedagoga Regina Célia Alves.
O prefeito não esteve presente. Foi o primeiro motivo para desapontamento. Em nome dele falaram o secretário de Gestão de Pessoas Rodrigo Lichtenfels e a secretária da Educação Janete Schiontek. Em nenhum momento deram indicações de que o governo municipal tem compromisso em fazer avançar as negociações.
O primeiro tema da reunião foi a proposta para regulamentar as substituições. A direção do Sismmar entregou junto os abaixo-assinados pedindo que o anteprojeto seja definido por comissão paritária, para firmar critérios e assegurar direitos, como as licenças e a contagem de tempo para aposentadoria. A presença do prefeito seria importante para assumir o compromisso de encaminhar uma proposta que atenda aos interesses dos professores.
Em seguida os servidores justificaram todos os itens da pauta. Reafirmaram que são questões que vêm se repetindo nos últimos anos e esperavam que a administração já tivesse um plano para resolvê-las.
A hora-atividade de 33,3% da jornada é lei nacional desde 2008 e já havia um compromisso com este governo para implantá-la em 2013. Não há uma proposta, nem para a implantação gradual. Da mesma forma não há indicação de que comecem a regularizar o pagamento das promoções e das progressões, a descongelar a carreira, a garantir mais profissionais nas escolas, melhores condições de trabalho, etc…
Nas escolas, professores vivem o revés a que é submetida a educação municipal. A Prefeitura vem concentrando turmas, tirou corregentes, obriga o pessoal a participar de cursos de formação que não são reconhecidos para avançar na carreira
Quando questionado, sob o argumento de que não é razoável manter tantos comissionados, quando a Prefeitura se apega à Lei de Responsabilidade Fiscal para não contratar professores, Rodrigo respondeu: “No entendimento de vocês não é (razoável)”. Soou como se dissesse: “No nosso entendimento é (razoável)”.
Tudo que se conseguiu de objetivo nesta reunião foi o compromisso de que na segunda quinzena de abril a administração municipal vai procurar os sindicatos para agendar nova reunião para a metade do mês. Não há garantia de que o prefeito participará.