Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

A organização do magistério havia começado cinco anos antes, quando em março de 1984 foi criada a Associação dos Professores de Araucária – APA. Este movimento veio no bojo do processo de redemocratização do Brasil. Na década de 1980 trabalhadores de todo o país partiram para reorganizar seus sindicatos, buscando um modelo independente do Estado, que vigorava deste os tempos do Estado Novo.

No serviço público ainda era proibida a formação de sindicatos, o que fez o professorado formar uma associação para conduzir as lutas da categoria.

Esta organização da categoria logo começou a trazer frutos, como a aprovação do Estatuto do Magistério, em dezembro de 1986. No primeiro semestre de 1988 ocorre a primeira greve.

O direito à sindicalização de servidores só foi conquistado com a Constituição de 1988. Diante desta nova realidade foi-se gestando a criação de um sindicato para o magistério municipal, que ocorreu em 23 de setembro de 1989.

Para evitar a dupla representatividade ou que fosse contestada a legitimidade da nova entidade, houve um período de transição. Com eleições casadas, a associação e o sindicato elegeram as mesmas pessoas para suas diretorias.

Desta forma, a APA-Sindicato assegurou a unidade da categoria durante a transição do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária. A sigla Sismmar aparece somente em março de 1993.

E essa época representou a consolidação do sindicato, com a inauguração da sua sede própria em 1º de maio de 1993, numa homenagem ao professor Ambósio Iantas.

Uma das marcantes conquistas do novo sindicato foi a conquista da data-base de reajuste. A Lei Municipal 1069/96 derivou de um projeto de iniciativa popular que reuniu a adesão de aproximadamente 5 mil assinaturas.

Neste período o magistério também se organizou para defender a escola pública em fóruns populares, como o Fórum em Defesa da Escola Pública, e em organismos oficiais, como os Conselhos de Educação.

Junto à luta social a categoria levou à frente suas lutas corporativas. A batalha para conquistar o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos se deu de 2001 a 2008.

A conquista do PCCV foi apenas mais uma etapa das lutas dos professores. Hoje há todo um trabalho para que esta lei seja aprimorada e respeitada. Seu descumprimento levou o magistério a 13 dias de greve, a partir de 4 de setembro de 2013, num movimento unificado com as demais categorias de servidores, representadas pelo Sifar.

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