Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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privatização
Coluna do SIFAR e SISMMAR publicada na edição desta semana do jornal O Popular

No início do mês, aproveitando-se do centralismo midiático entorno da CPI da Covid, que investiga as irregularidades cometidas pelo governo Bolsonaro na pandemia, o Presidente da Câmara dos deputados Arthur Lira (PP/AL) encaminhou o projeto de privatização dos Correios para ser votado. O governo propõe vender a empresa que teve o seu maior lucro líquido dos últimos 10 anos em 2020, chegando a R$ 1,53 bilhão. Além disso, o patrimônio líquido também cresceu 84% em relação ao ano de 2019 próximo a R$ 950 milhões.

Há tempos fala-se em privatização dos Correios, mesmo com as inúmeras provas de que seria um grande erro econômico e social. No entanto, nunca tivemos um governo capacho o suficiente para levar essa pauta tão adiante. Bolsonaro, Paulo Guedes, Arthur Lira e sua trupe vêm se esforçando para entregar para iniciativa privada um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, que emprega cerca de 105.900 pessoas.

Além do aspecto econômico, outro ponto fundamental a ser pautado é a capacidade logística da empresa que completou 52 anos em 2021. Por ser uma estatal que deve atender as necessidades da população, os Correios entregam encomendas em todo território nacional. Entregando, até mesmo, encomendas de outras empresas de logística em pontos que elas não têm interesse em atuar, por não considerarem lucrativos. Com sua privatização, quais garantias da manutenção de um serviço amplo e eficaz o brasileiro teria? Qual a garantia de que a população de Serra da Saudade (MG), cidade com apenas 776 moradores, por exemplo, continuaria recebendo suas encomendas? Qual a garantia de que os preços dos serviços não subiriam bruscamente para chegar no lucro desejado pelas novas empresas? A resposta: nenhuma!

Eletrobras entra no pacote entreguista do governo Bolsonaro

Outra estatal que o governo pretende entregar de bandeja para iniciativa privada, é a Eletrobras. Na última terça-feira (13), O presidente genocida Jair Bolsonaro sancionou, com alguns vetos, uma medida provisória que facilita o processo de privatização da empresa.

Os vetos de Bolsonaro não são para o bem, como era de se esperar. O presidente vetou, por exemplo, o trecho do projeto de lei que obrigava as possíveis compradoras manter por, pelo menos, 1 ano os funcionários que atualmente trabalham na estatal. Ou seja, o emprego de mais de 14 mil funcionários está em jogo, só para beneficiar os interesses políticos e financeiro de um governo que tem total desprezo por sua população.

O governo também omite dados e joga toda responsabilidade da crise hídrica em cima de uma empresa responsável por 37% da capacidade de geração de energia do país. Ignorando, por exemplo, o desgaste causado pelo agronegócio, setor em que se porta como um serviçal.

É nítido que a privatização de estatais desse porte não é de interesse da população brasileira. Essas ações não passam de jogo político, que beneficiarão uma minoria muito pequena. Os serviços perderão qualidade, serão menos democráticos e comprometerão o futuro econômico e social do país. É fundamental nos posicionarmos contra esses absurdos e mostrarmos nossa força. Os brasileiros merecem respeito e merecem ter seu patrimônio preservado.

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS E ELETROBRAS!

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