A Conae 2014 já começou em Araucária. Na manhã chuvosa desta quarta-feira, 22, foi realizada a abertura da Conferência Municipal de Educação, no salão da Igreja do Perpétuo Socorro.
Após a mesa de abertura com autoridades, a professora Andreia Caldas abriu os debates falando sobre o processo de construção da Conae e sobre a importância de um planejamento para a educação que vá além de governos transitórios.
A professora lembrou o manifesto dos pioneiros da escola nova, nos anos 30, apontava que um projeto de país precisaria de um projeto de educação. O Brasil está fazendo isto agora, mais de um século depois dos países vizinhos.
As conferências são resultado da luta que os trabalhadores da educação realizaram após a ditadura com os sindicatos, nos fóruns em defesa da escola pública, na Constituinte, pela LDB, nos Conebs. Construíram um modelo de Sistema Nacional de Educação regido por um Plano Nacional de Educação.
O documento que ainda não virou lei não é o ideal para os trabalhadores, mas firma conquistas. E em meio a consensos e dissensos políticos a luta segue. Agora pelo investimento de 10% do PIB na educação pública; pela destinação dos royalties ao setor, em disputa no Congresso Nacional.
Neste contexto acontece a segunda Conae.
Na Conferência de Araucária, a avaliação da educação e as propostas foram debatidas em sete grupos, cada um com um tema eixo. Na quinta-feira ocorrem a discussão em plenária e a escolha da delegação para a Conferência Estadual de Educação, que será em setembro.
Para a direção do Sismmar, a conferência é positiva. É uma possibilidade da categoria participar da decisão sobre a política educacional, apesar das limitações que a burocratização da ao evento.
