Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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coluna SISMMARNo início desta semana, o youtuber Felipe Neto foi intimado a depor na Polícia Civil do Rio de Janeiro por ter cometido um suposto crime previsto na Lei de Segurança Nacional. O crime? Neto chamou Bolsonaro de “genocida” em suas redes sociais. A intimação por parte da polícia veio após um pedido do filho do presidente, Carlos Bolsonaro, que é vereador no Rio de Janeiro e investigado por diversos crimes de corrupção.

Nessa situação, vale lembrar dois pontos. O primeiro é que a Lei de Segurança Nacional é uma herança da ditadura, que lista crimes contra a “segurança nacional” e a “ordem política”. E o segundo é que representantes do poder público estão tentando impedir a crítica ao governo federal, através de uma intimação que só demonstra abuso de poder.

Influenciadores de redes sociais, blogueiros, colunistas e toda a população têm o direito de atribuir o termo “genocida” a Bolsonaro. Conforme definição do dicionário, genocida é “quem, deliberadamente, ordenou o extermínio de um grande número de pessoas, de todo um grupo étnico ou religioso, de um povo, uma cultura ou uma civilização”. É o caso do presidente.

Bolsonaro é um genocida porque ele e seus comparsas carregam mais de 280 mil mortes por Covid-19 nas costas, fora a subnotificação. É um genocida porque, desde o começo da pandemia, suas ações têm condenado a população à morte. Bolsonaro prega a morte quando estimula aglomerações e critica o uso da máscara. Quando pede que a população não faça o isolamento social e quando atrapalha a compra de vacinas, já que essas são as únicas medidas eficazes para frear o aumento da pandemia.

O genocida será lembrado pela história por ser o presidente que fez a pior gestão da crise sanitária. E seus comparsas não serão esquecidos. O governador Ratinho Jr é um desses. Bolsonarista convicto, Ratinho foi um dos únicos governadores a não assinar uma carta enviada a Bolsonaro, pedindo que o presidente negocie insumos para a produção de vacina com outros países.

Seguindo a política genocida, o governador do Paraná autorizou a reabertura de quase todos os comércios e o retorno das aulas presenciais em um momento crítico. O resultado é que o Paraná, hoje, bate recorde diários de mortes e é um dos estados que mais preocupa no combate ao surto do coronavírus. Ratinho sabia disso, pois todos os estudos apontavam para essa realidade.

Em Araucária não é diferente, o prefeito já mostrou que não se importa com vidas. Hissam também permitiu a reabertura do comércio, decretou retorno presencial das aulas, e só atendeu as medidas mais restritivas do decreto estadual por exigência do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Isso mostra que o prefeito Hissam prefere atender aos interesses de empresários do que proteger vidas.

Nessa quarta-feira (17), um grupo de empresários liderou uma carreata contra o fechamento dos serviços não essenciais em Araucária. Essa movimentação é mais uma amostra de desdém com a vida. Mirando apenas a lucratividade, esses empresários ignoram a realidade da pandemia. Ao invés de cobrarem um socorro dos governos para que possam manter as portas fechadas sem irem à falência, pedem a volta da “normalidade” enquanto quase 3 mil pessoas morrem de Covid-19 por dia no Brasil.

Chega de discurso genocida! Chega de Bolsonaro e seus apoiadores! Vacina para toda a população já!

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