Candidatos a direções e vice-direções de escolas e Cmeis de Araucária participaram na manhã desta terça-feira, 24, do Seminário de Gestão Democrática, promovido pelo Sismmar. A atividade realizada na sede do sindicato foi coordenada pela professora Ana Lorena Bruel (UFPR).
Aos presentes, a professora propôs um diálogo sobre os princípios e os fazeres da gestão democrática. Para ela, com certa obviedade, esta questão vai além da eleição. É a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar nas decisões a serem tomadas na unidade.
A participação pode ocorrer em diversas instâncias. Dependendo da situação pode ser por assembleia, congressos e conferência escolares (para construir o projeto político pedagógico, por exemplo), conselho de escola, grêmio estudantil, associação de pais, conselho de classe, etc.
O desafio colocado para o/a diretor/a eleito/a é assumir o papel de liderança na coordenação do esforço coletivo, do grupo, da comunidade, e contribuir para que funcionem com autonomia. Para Ana Lorena, a função do/a diretor/a é exercer o diálogo constante e fortalecer os mecanismos de participação de todos os atores nas decisões da escola. “A democracia é uma construção cotidiana”, conclui.
O trabalho de diretor/a e vice-diretor/a tem um viés burocrático e de representação do poder público. Quem exercer o cargo e não tem experiência precisa se apropriar desse conhecimento. Mas toda decisão técnica tem que estar a serviço da finalidade cada escola, que é oferecer acesso à educação de qualidade. Nos ambientes onde os sujeitos se sentem valorizados e sua participação é respeitada, o rendimento tende a melhorar.
Ao final dos debates, aos candidatos presentes foi proposta a assinatura de uma carta de compromisso para assegurar dos eleitos o respeito à liberdade sindical.
Verifique se o/a candidato/a de sua escola se propõe a respeitar a atuação do Sismmar. Só faça campanha e vote naqueles que vão observar os direitos de organização dos trabalhadores.
Na carta, os signatários se comprometem a apoiar a eleição de representantes de escola; garantir espaço para o exercício sindical; não promover nenhuma atitude antissindical; e favorecer a participação de representações de escola em assembleias, reuniões e atividades de formação organizadas pela entidade.
