Além da agressão e da falta de proposta, o Prefeito anunciou que existe uma liminar decretando a ilegalidade da greve. Também fez chacota das trabalhadoras, dizendo que elas deviam agradecer, porque “ainda tem um emprego”. A soma do desrespeito com a falta de vontade política de resolver as questões dos CMEIS fez a categoria decidir, numa assembleia realizada na Câmara de Vereadores à tarde, pela continuidade da greve.

Na rua, a greve fortalecida

A concentração das grevistas se manteve forte em frente à Prefeitura, neste segundo dia de movimento. Pelo menos 34 CMEIS estavam representados e cerca de 300 educadoras assinaram a ata de presença distribuída pelo sindicato.

A greve também recebeu o apoio de sindicatos da região metropolitana. O Sismmac (magistério municipal de Curitiba), o Sismmuc (trabalhadores municipais de Curitiba), Sifar (trabalhadores municipais de Araucária) e o Sintcom (trabalhadores dos Correios do Paraná) estiveram presentes na concentração e estão divulgando a luta das educadoras em seus veículos de comunicação.

Enquanto a comissão de negociação estava reunida com a administração, as grevistas realizaram uma caminhada pelo centro e um ato em frente à Câmara de vereadores. O Presidente da Câmara, Silvio Monteiro, recebeu uma comitiva de 28 grevistas e declarou apoio à greve. As grevistas, no entanto, lembraram que todos os vereadores declararam apoio à greve de maio de 2015, mas votaram contra os interesses da categoria durante o segundo semestre.