Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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29 de maio
Manifestação em Curitiba. Créditos da imagem: Giorgia Prates/Brasil de Fato

Convocadas por movimentos sociais, organizações estudantis e centrais sindicais, as manifestações deste sábado (29) ocorreram em todas as capitais, no Distrito Federal e em dezenas de municípios brasileiros. Em Curitiba, o ato na Santos Andrade reuniu cerca de 7 mil pessoas que pediam o impeachment de Jair Bolsonaro, vacinação em massa e auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600, entre outras reivindicações.

Com as manifestações de 29 de maio fica evidente o que as pesquisas já vinham mostrando: uma grande parcela da população brasileira está insatisfeita com o governo genocida e quer o fim da era Bolsonaro.

Nos atos espalhados em todo o Brasil, os manifestantes também denunciaram a violência policial contra os negros, que aumentou durante a pandemia, e os cortes na Educação. No Rio de Janeiro, muitos pediram justiça para as famílias das 25 pessoas que foram assassinadas pela polícia na Operação Jacarezinho, segunda maior chacina da história da capital carioca, ocorrida no dia 6 de maio deste ano.

Em Recife (PE), a polícia mostrou que segue sendo o cão de guarda do Estado e reprimiu o ato com extrema violência. Daniel Campelo, que não participava da manifestação, foi atingido no olho por uma bala de borracha da Polícia Militar e perdeu o globo ocular e a visão. Campelo estava na Praça do Derby, no centro de Recife, comprando materiais para o seu trabalho. A PM encerrou o ato lançando gás lacrimogêneo e bombas nos manifestantes. Diversas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital.

Em diversos outros municípios, também houve relatos de repressão contra a população que protestava contra o governo genocida. Nos protestos favoráveis a Bolsonaro, nos quais participantes pediam a volta da ditadura, do AI-5 e ameaçavam o Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), entre outros absurdos, a mesma violência policial jamais foi vista. Quem a polícia quer machucar?

Além da truculência do braço armado do Estado, também vale pontuar a cobertura jornalística vergonhosa e tendenciosa da imprensa brasileira. Enquanto grandes veículos internacionais como The Guardian e Reuters, entre vários outros, destacaram os atos deste sábado contra Bolsonaro no Brasil, os maiores veículos nacionais de imprensa optaram por destacar a aglomeração dos atos em meio à pandemia, desconsiderando a luta popular em defesa da vida no momento crítico pelo qual o país passa.

Mas, nem a violência policial e nem a grande mídia golpista serão capazes de conter a insatisfação de grande parte do povo brasileiro, que já reverbera nas ruas. Quando um povo precisa, no meio de uma pandemia sem precedentes, sair protestar nas ruas é porque o governo representa um perigo maior à vida do que a própria pandemia de Covid-19, que já deixou mais de 462 mil famílias enlutadas.

Que as manifestações de 29 de maio sejam apenas o início de uma grande mobilização popular pelo fim do governo genocida de Bolsonaro e todos os seus comparsas!

O SISMMAR segue apoiando a luta em defesa da vida e os movimentos sociais pelo fim do governo genocida!

Vida, pão, teto e vacinação para toda população já! FORA, BOLSONARO!

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