Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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Por Mariana Franco Ramos  – Terra Sem Males

O ato unificado começou por volta das 17 horas, na Praça Santos Andrade, no centro, de onde as participantes seguiram até a Boca Maldita, fazendo sete paradas. Em cada uma delas, representantes de movimentos feministas diversos, como negras, LBTIs e secundaristas, pegaram os microfones e se posicionaram sobre assuntos que vão desde a baixa representatividade em espaços políticos, até o racismo, passando pela negligência institucional.

A mobilização fez parte de uma greve mundial e militante, que tomou corpo após ativistas norte-americanas como Angela Davis e Nancy Fraser publicarem um manifesto no jornal “The Guardian” denunciando a violência masculina e pedindo respeito aos direitos sexuais e reprodutivos. Com dizeres como “Se nosso trabalho não vale, produzam sem nós”, o texto defendia que a marcha contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada em 21 de janeiro, em Washington, reunindo mais de 500 mil, fosse apenas o início de uma nova onda pela igualdade de gênero.

No Brasil, o momento atual, pós-impeachment, ou golpe, da primeira presidenta eleita, Dilma Rousseff (PT), e de crise econômica, acabou conferindo um contorno político às ações. Questões como as reformas da previdência e do ensino médio e a extinção da secretaria extraordinária da mulher de Curitiba, pelo prefeito Rafael Greca (PMN), foram lembradas. Do alto do caminhão de som, era possível ouvir os gritos de “fora Temer”, “fora Greca” e “fora Richa”, além de outros tradicionais dos movimentos de mulheres, como “se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista” e “companheira me ajuda, que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor’.

Foto: Leandro Taques

Edição: Paula Zarth Padilha

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