Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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O jornal O Popular publicou nesta terça-feira a tradicional coluna com texto produzido pelo Sismmar. Está na página 2 do jornal. O tema tratado nesta semana é “O perigo de ser mulher em Araucária”, abordando a violência contra mulheres, que muitas vezes ocorre dento de casa.

Leia a seguir texto integral 

Assassinato, estupro, violência doméstica. Araucária tem sido palco de horrores no que se refere à violência contra a mulher. É assustadora a forma com que os crimes têm ocorrido. Meninas violentadas e assassinadas, estupros em plena luz do dia, crimes passionais.

É preciso que o poder público olhe com atenção e com todo o cuidado que nossas mulheres merecem. Educar meninos e homens para respeitar a igualdade entre os sexos. Incentivar homens à divisão das tarefas domésticas e ao cuidado com os filhos. Muitas cidades têm campanhas públicas e educativas que orientam homens e mulheres contra a violência e pela igualdade de gênero. Também é preciso ter políticas públicas que lidem com alcoolismo e drogadição.

Araucária tem aparecido em rankings estaduais e nacionais como uma cidade de altos índices de violência contra mulher. É fundamental a criação imediata de um Pacto Municipal pelo Enfrentamento à Violência contra Mulher, que una todas as secretarias municipais na sugestão de políticas, os governos estadual e federal, o Legislativo, o Ministério Público, a Polícia Civil e Militar, a Guarda Municipal, conselhos municipais e organizações da sociedade civil ligadas aos direitos humanos.

Para além da questão educativa e preventiva, que neste caso não é responsabilidade exclusiva da escola, é necessário punir os agressores e assassinos com o rigor da lei. A sensação de impunidade que muitos homens têm se justifica na ausência de uma atuação rígida da polícia e da Justiça nos crimes contra a mulher.

O poder público precisa tomar medidas severas em relação aos agressores. Deve também superar a tendência de responsabilizar as próprias mulheres pela violência que são vítimas, com discursos que cerceiam a sua liberdade, enquanto isentam os homens agressores de sua educação e punição.

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