Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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A população maior de 60 anos na América Latina dobrará de tamanho nas próximas quatro décadas devido às baixas taxas de fecundidade na região, o que obriga os governos a pensarem desde já em estratégias para enfrentar a tendência, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

A diretora regional do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a América Latina e o Caribe, Marcela Suazo, declarou nesta terça-feira na Costa Rica que, atualmente, 10% dos latino-americanos têm mais de 60 anos, número que ficará entre 20% e 25% em 2050.

“A América Latina vive dois fenômenos paralelos que poderiam parecer contraditórios: há cada vez mais expectativa de vida, mas também menor taxa de fecundidade”, declarou Suazo.

A representante da UNFPA participará desta terça até a próxima sexta-feira da 3ª Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento na América Latina e no Caribe, evento organizado pela Comissão Econômica Para a América Latina e Caribe (Cepal).

Suazo comentou que existem atualmente 106 milhões de latino-americanos entre 15 e 24 anos, o que pressupõe “a maior geração jovem da história”. Por isso, segundo ela, os governos devem lhes garantir educação, oportunidades de trabalho e boa qualidade de vida pensando no futuro.

De acordo com a representante da UNFPA, os governos devem pensar obviamente em reformas institucionais e políticas pensando que, em 40 anos, 25% da população terá mais de 60 anos de idade.

Entre as reformas, ela citou melhoras nos sistemas de saúde, seguridade social, previdência e outras dirigidas especialmente às mulheres.

Por sua vez, o diretor do escritório da Cepal no México, Hugo Beteta, comentou que, dentro de 50 anos, haverá uma criança menor de 15 anos para cada dois idosos, relação que atualmente é de três crianças para cada pessoa maior de 60 anos.

“É necessário prestar atenção aos idosos e dar força à sociedade para que se transformem em forças de desenvolvimento, e não só receptores de assistência”, destacou Beteta.

O diretor acrescentou que, na região, “ocorre um consenso para passar do compromisso à ação e proteger com mais ímpeto os idosos latino-americanos”.

Entre os principais problemas enfrentados pela população maior de 60 anos na América Latina, segundo ele, estão as dificuldades para usar os serviços de saúde da forma oportuna, a desigualdade, a falta de emprego e a falta de acesso de muitos ao sistema de assistência da previdência.

O fórum que se desenvolve na Costa Rica reúne representantes dos governos latino-americanos, da Cepal, de organismos das Nações Unidas, especialistas em temas de população e organizações da sociedade civil.

O evento pretende debater sobre a situação da população idosa e as ferramentas para garantir uma melhor qualidade de vida. A edição anterior desta conferência regional se realizou em Brasília, em 2007.

Fonte: Portal Terra

 

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