Coluna conjunta do SISMMAR e o SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (08) do jornal O Popular
O SISMMAR, o SIFAR e os servidores de Araucária não aceitam o 0% de recomposição salarial oferecido pela Prefeitura. Os sindicatos e os trabalhadores do município também seguem na luta pelo reajuste no vale-alimentação, já que, com inflação em alta, os preços dos alimentos dispararam em todo o país.
O que os sindicatos e servidores exigem é a reposição da inflação referente aos últimos dois anos, já que em 2020 o prefeito Hissam também negou a recomposição salarial. A reivindicação do conjunto dos trabalhadores de 10,95% é para cobrir as perdas salariais da categoria, que está com o salário e o vale-alimentação congelados desde 2019.
Embora a Prefeitura tenha afirmado que “as circunstâncias atuais do município não possibilitam a concessão de qualquer tipo de reajuste salarial”, a realidade é muito diferente. Hoje o gasto da Prefeitura de Araucária com a folha de pagamentos está abaixo do limite prudencial, o que significa que Hissam está investindo menos do que poderia nos servidores e serviços públicos.
Além disso, os números mostram que nos últimos anos a arrecadação do município só vem aumentando, mesmo com a pandemia de Covid-19. Em 2019, a arrecadação da Prefeitura de Araucária aumentou 1,13%, em 2020, já em plena crise sanitária, aumentou 8,53% e, neste primeiro quadrimestre de 2021, já aumentou mais 4,97%.
Ou seja, condições de pagar a recomposição salarial dos servidores o município tem, o que falta é a vontade política de Hissam!
Servidores podem ter perda salarial de até 14%
Não bastasse a negativa do prefeito em relação à recomposição salarial do funcionalismo público municipal, os secretários de Hissam também já informaram que vão aumentar a alíquota previdenciária descontada na folha dos servidores. Assim, os trabalhadores que contribuem atualmente com 11% vão passar a pagar 14%.
Ou seja, a proposta da Prefeitura é que os servidores, além de continuarem com os salários congelados enquanto tudo aumenta de preço, ainda percam mais 3% com as mudanças no Fundo de Previdência. Caso Hissam consiga avançar com esses ataques, a perda salarial do funcionalismo pode ser de até 14% e isso é muito grave!
Isso significa que o servidor de Araucária terá menos dinheiro para o aluguel, menos dinheiro para o transporte e menos comida no prato!
Vale reforçar que o funcionalismo jamais parou de trabalhar no atendimento à população durante a pandemia. Os profissionais da Saúde e da Assistência Social seguem na linha de frente de combate à Covid-19 e os profissionais da Educação seguem tirando dinheiro do bolso para oferecer ensino remoto digno, entre outros exemplos. TODOS os servidores seguem atendendo a população e trabalham ainda mais, devido à crise sanitária.
Por todos esses motivos, não aceitamos o 0% da Prefeitura de Araucária e seguimos cobrando diálogo! A valorização dos servidores é a valorização dos serviços públicos! DESCONGELA JÁ!
