Apesar de tentar dar um ar de democracia à sua gestão, a Secretária de Educação de Araucária, Adriana Chaves Palmieri, tem por hábito utilizar de artimanhas para sua atuação em conjunto com os interesses do governo municipal.
Várias foram as situações que podemos citar. Começando pelo fato que, já no início de sua gestão, em várias reuniões com o sindicato e professores da Docência II, ela e o Secretário de Governo, Genildo Carvalho, afirmaram que havia um termo de conduta assinado junto ao Ministério Público (MP) e que, por isso, não havia outra possibilidade se não colocar a carreira desses professores em extinção.
O fato é que o sindicato descobriu que jamais houve esse termo. A estratégia do governo, então, passou a ser o convencimento dos vereadores que, apesar de terem se comprometido com o magistério, traíram a categoria e votaram favoráveis ao fim do ensino fundamental II no município.
Na época, o SISMMAR e os professores realizaram diversos estudos e encontros, inclusive socializados com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Prefeitura, colocando estratégias para que não fosse preciso tomar essa medida tão drástica. Mas a secretária e o governo simplesmente ignoraram todo esse apelo.
Outro acontecimento muito sensível, e agora envolvendo a primeira infância, é que foi enviado para as unidades um documento orientando que se realizasse a escolha de livros didáticos para a educação infantil. É um método que visa apenas a alfabetização precoce e desconsidera a complexidade do desenvolvimento infantil. O fato é que não há obrigatoriedade na compra desse tipo de material; outro fato é que essa compra pode ser revertida em livros de literatura. Porém, a equipe que representa a Smed insiste para que os professores escolham o livro “menos pior”.
É assim que tratam nossas crianças em Araucária? Ofertando o “menos pior”, quando poderíamos, sim, oferecer materiais de qualidade? Sabemos que essa compra gera lucros milionários para as empresas e sai dos cofres públicos: é dinheiro da população! É obrigação da Smed orientar que a escolha NÃO É OBRIGATÓRIA! A escolha é até dia 30 de agosto. Teremos antes disso o Fórum Municipal de Educação, onde discutiremos essa pauta.
Esses são apenas dois exemplos da postura antidemocrática da Smed, que não dialoga com a categoria. Outras estratégias são comuns, como: grupos de WhatsApp silenciados para comentários, reuniões com pequenos grupos para evitar questionamentos, entre tantos outros que ainda denunciaremos.
Democracia se faz com diálogo verdadeiro, com revisão de postura. Ainda há tempo para essa reavaliação.
Seguiremos acompanhando, de olhos abertos e denunciando essas práticas.