Diferente do que ocorreu em Araucária, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu interferir na greve dos trabalhadores da educação municipal de Colombo. Os serviços estão parados desde o dia 23 de setembro.
O TJ aceitou a ação proposta pela Prefeitura Municipal e declarou ilegal a greve. A prefeita Bete Pavin (PSDB), que já se negava a negociar, cancelou a audiência pública que estava prevista para ontem, 2 de outubro.
A intervenção do TJ no movimento e a intransigência da prefeita revoltaram a categoria, que decidiu por unanimidade manter a greve.
Ao invés de negociar e tentar solução em prol da educação e da população de Colombo, a prefeita foi buscar apoio no TJ. Foi a mesma postura de Olizandro (PMDB) em Araucária. Mas diferente daqui, a prefeita conseguiu uma decisão a seu favor.
Este fato mostra que trabalhadores não podem depender da Justiça. Eventualmente a interferência é menor. Em Araucária a determinação foi de manter 50% do atendimento. Mas, via de regra, a Justiça se posiciona contra os trabalhadores. Em Colombo, declarou a greve ilegal.
Mas como a Constituição diz que compete aos trabalhadores decidir quando e por que paralisar as atividades, a APMC-Sindicato vai recorrer da decisão. E a entidade tem o apoio dos trabalhadores dos serviços gerais, administrativos, educadores e professores. A categoria continua unida e determinada para enfrentar a prefeita e a justiça.