Na manhã desta terça-feira (04), os vereadores de Araucária aprovaram, em segunda votação, o Projeto de Lei (PL) 2682/2024 que trata do reajuste de 3,23% aos servidores municipais. Esse reajuste será pago na próxima folha de pagamento do funcionalismo. Quanto ao auxílio alimentação, não haverá aumento.
Vale ressaltar que o SISMMAR e o SIFAR exigiram em diversas mesas de negociação uma recomposição salarial de 15%, levando em conta todas as perdas salariais sob a gestão Hissam (2017 – 2024) e o pedido de 1% de ganho real.
No entanto, a Prefeitura foi intransigente em todas as rodadas de negociações e se negou a pagar o que deve. Os sindicatos ainda cobraram que o Executivo, ao menos, pagasse o reajuste conforme o IPCA (3,69%), mas no PL encaminhado foi considerado o menor índice (INPC).
Foi dessa forma que o prefeito fez a escolha política de terminar o seu segundo mandato devendo mais de 7% aos servidores. A desvalorização e o descaso com o funcionalismo público e os ataques à Educação Pública fazem parte do legado que Hissam deixará para o município de Araucária.
Desvalorização, ataques à carreira e previdência
Além de não pagar o que deve aos servidores, o prefeito também tentou de todas as formas aprovar um Pacotaço com 08 Projetos de Lei (PL) que teriam destruído o plano de carreira, a previdência do funcionalismo e acabaria com a autonomia e a gestão democrática do Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA).
O Pacotaço, se aprovado, também teria aberto as portas do município para a privatização dos serviços públicos. Esse pacote de maldades só não foi aprovado devido à intensa luta e mobilização do conjunto dos servidores, principalmente a greve histórica do dia 15 de agosto de 2024.
Mais de 2 mil servidores municipais participaram do movimento paredista do ano passado e fizeram uma grande caminhada pelo município denunciando os desmandos da gestão, o que foi fundamental para que o Pacotaço fosse retirado da Câmara Municipal e retornasse ao Executivo.
No início deste ano, Hissam ainda tentou novamente aprovar o Pacotaço na base do tratoraço, mas novamente o magistério e os demais servidores impediram esse grave ataque com mobilização! O funcionalismo lotou diversas sessões plenárias da Câmara, pressionou e fez com que os vereadores recuassem de aprovar os projetos.
Os servidores vão cobrar cada centavo!
Após a grande greve de 15 de agosto, a Prefeitura, com todo o seu autoritarismo, não cumpriu o acordo que deu fim ao movimento paredista e penalizou grevistas com falta injustificada, desconto salarial e do Descanso Semanal Remunerado (DSR). Através da batalha jurídica, o SISMMAR já conseguiu a retirada da falta na ficha funcional e a devolução do DSR.
Com todos esses ataques, o prefeito Hissam tentou vencer a categoria pelo cansaço, práticas antissindicais e penalizações ilegais, mas não conseguiu!
Neste ano, o Executivo manobrou e se utilizou da intransigência e da lei eleitoral para pagar apenas o reajuste da inflação do último período. Mas, nas negociações posteriores de data-base, o magistério estará novamente mobilizado e organizado para cobrar cada centavo que o município deve aos servidores municipais.
Só quem luta, conquista!