Araucária parou neste 15 de março. A paralisação do transporte público esvaziou a cidade. Os trabalhadores da Repar atrasaram a entrada. Os professores municipais cruzaram os braços e foram debater a Reforma da Previdência que querem impor a todos os trabalhadores. Os demais servidores municipais fazem atividades e assembleia agora à tarde.
Pela manhã o magistério concentrou-se em barracas instaladas na gente da Casa da Cultura, junto á Praça Vicente Machado, para debater Reforma da Previdência. Falaram aos presentes o advogado Ludimar Rafanhim, assessor do Sismmar, e a advogada Cristina Homma, assessora do Sifar.
Para Ludimar Rafanhim, a Reforma da Previdência só interessa aos bancos, que vendem planos de previdência privada. Para os trabalhadores, a proposta representa o fim da previdência pública, uma vez que poucos conseguirão se aposentar. Quem atingir os critérios exigidos, receberá valor muito baixo.
A advogada Cristina Homma fez um apanhado das mudanças que foram feitas após a Constituição de 1988, que sempre reduziram direitos, em 1998, 2003 e 2015.
As mulheres são as que mais perderão com a reforma, uma vez que iguala os critérios de aposentadoria entre homens e mulheres. As professoras perdem em dobro com o fim da aposentadoria especial.
O professor e conselheiro do FPMA, Hector Burnagui alertou o presente para prejuízos ainda maiores que poderão afetar os servidores de Araucária. A reforma proposta acaba com todas as diferenciações de direitos entre trabalhadores dos regimes próprios e do regime geral de previdência. O projeto não faz referência, mas prepara terreno para que, num futuro próximo, o governo unifique todos os regimes num só, apropriando-se dos fundos que servidores têm contribuído para assegurar as suas aposentadorias. Seria o fim do FPMA, que é um fundo sólido.