Em 2018, uma avalanche de fake news (que neste texto trataremos como “mentira”), mudou o rumo das eleições presidenciais. Muitas brasileiras e brasileiros foram enganados por Bolsonaro, que se elegeu com uma campanha de inverdades, como “kit gay”, “mamadeira erótica”, “doutrinação comunista” e “ditadura gayzista”, entre tantas outras desinformações.
A estratégia do atual presidente foi a mesma da campanha do Brexit, no Reino Unido em 2015, e da campanha de Donald Trump, nos Estados Unidos em 2016. E deu certo. Após aterrorizar milhares de eleitores com uma infinidade de mentiras e propagação de notícias falsas, Bolsonaro foi eleito.
Quatro anos depois, a tática bolsonarista continua sendo a mesma: desinformar o povo através das redes sociais. Nesta semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi instado a entrar em ação para adiar o lançamento do filme “Quem mandou matar Bolsonaro?”, feito pelo canal de extrema direita, Brasil Paralelo, em meio à campanha do segundo turno.
Além disso, o TSE também teve que punir canais do Youtube, como Brasil Paralelo, Folha Política e Foco do Brasil. Isso porque esses canais ganham dinheiro, através da plataforma, propagando mentiras que favorecem Bolsonaro e promovendo mentiras a respeito de seu oponente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem também foi intimado pela justiça eleitoral foi Carlos Bolsonaro, filho do presidente, líder do “gabinete do ódio” e da campanha nas redes sociais do presidente, que conta com centenas de perfis falsos em redes sociais, como o Twitter, para propagar discurso de ódio e desinformação em larga escala.
Alguns apoiadores mais fanáticos do desgoverno estão indignados com essas ações do TSE, que é liderado por Alexandre de Moraes, e falam em “censura”. Mas, na verdade, a punição de crimes eleitorais é uma obrigação do Estado Democrático de Direito. 2018 precisa servir de aprendizado sobre o que não pode acontecer em uma democracia.
É urgente que Bolsonaro e sua equipe aprendam a respeitar o jogo eleitoral e atuem dentro das regras do TSE. Enquanto continuam sendo incapazes de respeitar o pleito democrático, é dever do Estado zelar pelo debate público e combater, com unhas e dentes, a disseminação de mentiras que confundem o eleitorado. Basta!
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Recebeu notícias falsas, conteúdos com discurso de ódio e/ou mensagens eleitorais não solicitadas em seu app de mensagens? Denuncie!
É possível fazer a sua denúncia através do sistema criado pelo TSE. Para isso, basta acessar https://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2022/sistema-de-alerta
Vamos todas(os) juntas(os) por uma eleição limpa e livre de mentiras!