Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

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Secretária de EducaçãoConforme já denunciamos em live feita na quarta-feira (18), em frente à Secretaria Municipal de Educação (Smed), a Secretária de Educação de Araucária, Adriana Chaves Palmieri, foi categórica em dizer: as aulas das turmas dos 5º anos vão retornar a partir de terça-feira, dia 24 de agosto, e dia 30, os 4º anos.

Como em diversas outras pautas e ocasiões, a secretária desconsidera todos os estudos apresentados. Apesar da nota técnica realizada por uma equipe de cientistas mundialmente reconhecidos, na qual se apresentam alertas sobre o surto de Covid-19 que teremos com o retorno presencial, não houve interesse algum por parte dela e da gestão Hissam em dialogar, pelo contrário: a Secretária afirma que “aqui também tem doutor”.

Na nota, realizada pela equipe que já antecipou em vários momentos surtos da pandemia e orientações para contenção, um dos alertas é sobre a contaminação nas escolas.

Crianças carregam a mesma carga viral que adultos. As sequelas da Covid-19 em crianças e adolescentes podem ser gravíssimas, gerando impedimento de realização de atividades de rotina, inclusive. A variante Delta é 1.000 (mil) vezes mais transmissível do que outras.  Os cientistas alertam, também, para os riscos de termos uma geração de sequelados e de órfãos da Covid, caso a previsão do retorno se mantenha.

Muito se fala nos danos psicológicos causados pela falta de socialização e do ambiente escolar. O fato é que o dano da perda irreparável de um ente querido, pai, mãe, irmão, filho, etc. é imensurável perto disso. Araucária deveria estar se preparando para um possível lockdown, e jamais para esse retorno irresponsável.

Hoje a média de mortes em Araucária é 3 por dia, que já e muito alta para um município do nosso porte. Com o retorno às aulas, essa média tende a mais que dobrar. A previsão é que o município chegue a uma média de 8 mortes diárias.

Quem vai consolar nossos órfãos ou os pais de filhos contaminados?

No dia 18 de agosto, a Secretária Adriana afirmou com todas as letras “eu assumo que terei sangue nas mãos” e “podem nos responsabilizar”. Ela disse isso para os coordenadores do SISMMAR, que alertaram para os riscos e para a responsabilização, inclusive judicial, dos órgãos responsáveis para os casos de contaminação, sequelas e mortes após o retorno. Adriana afirmou que “ela e o governo assumem o risco”.

A secretária novamente tentou tirar sua responsabilidade, dizendo que sofre pressão do Ministério Público (MP). Ora, a caneta que versa sobre isso é da Prefeitura. Ao ser questionada, ela então afirmou que existe uma ação do MP obrigando o retorno presencial. No entanto, o jurídico do sindicato não encontrou ações públicas nesse sentido. Seria mais uma lenda, como já aconteceu a respeito do famigerado termo de conduta da Docência II? Ou há algo em segredo de justiça que não podemos saber?

Esse é o descaso com a nossas vidas.

Já mostramos com todos os elementos que não estamos seguros para o retorno dessa forma.

Não queremos empilhar caixões na frente da Smed e da Prefeitura, e continuaremos denunciando esses absurdos cometidos pela gestão Hissam.

Professoras e professores da rede municipal, hoje (23) tem assembleia, com primeira chamada às 14h30 e segunda às 15h, pelo Google Meet. Já que a prefeitura e a SMED defendem a morte, vamos juntos nos organizar pela defesa da vida. Participem!

SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM!

A LUTA MUDA A VIDA.

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