Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária.

Dia do TrabalhadorColuna do SISMMAR e do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (30) do Jornal O Popular

Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, é momento de exaltar a importância da luta dos trabalhadores e protestar contra as ações dos governos que colocam em risco a vida da classe trabalhadora. Não há lucro ou economia que se sustente sem os trabalhadores e, por isso, é essencial exigir que a nossa vida seja prioridade.

Patrões e os governos vêem a pandemia como uma oportunidade para acabar com os direitos trabalhistas.

Em Araucária, Hissam se uniu a Bolsonaro para defender a reabertura do comércio e a flexibilização das medidas de isolamento. Enquanto isso, milionários aproveitam-se da crise econômica para obrigar trabalhadores que não atuam em serviços essenciais a se arriscarem saindo de casa.

A justificativa, como sempre, é a economia. Mas vale lembrar que a economia do Brasil já estava com problemas muito antes do surto de Coronavírus. As políticas adotadas pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, não vinham apresentando nenhuma melhoria e baseavam-se apenas em ataques aos direitos trabalhistas.

O auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados não cobre as perdas impostas com os cortes de programas sociais, com a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista.

Não há desculpa para este desgoverno que atua contra a vida dos trabalhadores e dos mais pobres. Também não há desculpa para os patrões que se aproveitam da pandemia para fazer demissões em massa, ou dos que se aproveitam da fragilidade econômica das famílias para fazer com que trabalhem mais.

Em todo o país, há denúncias de servidores públicos que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus e não recebem do Estado os equipamentos de proteção individual necessários para que possam se proteger da Covid-19.

No que se refere à educação pública, os governos que deveriam tomar medidas para salvar vidas estão mais preocupados em implementar o ensino à distância a fim de agradar empresários. Com isso, ampliam ainda mais a desigualdade social, já que o EaD ignora a realidade dos profissionais da Educação, das famílias mais pobres e dos alunos com necessidades especiais.

Além disso, em meio a esse cenário caótico, o governo Bolsonaro vem ajudando os patrões a intensificar as jornadas de trabalho, dando carta branca para as condições de trabalho que adoecem e matam. A Medida Provisória 927 impõe a antecipação dos feriados, a liberação geral do banco de horas como solução para a dispensa dos trabalhadores durante a pandemia, além de suspender fiscalizações na área trabalhista e de segurança.

Portanto, Dia do Trabalhador não é dia de comemoração. É uma data para refletir sobre a necessidade da luta dos trabalhadores por melhores condições de vida e de trabalho, e também para denunciar os crimes cometidos pelos governos e pelos patrões que colocam a economia acima de tudo.

SISMMAR e SIFAR seguem firmes na luta pela vida e por nenhum direito a menos!

A vida da população deve estar acima de qualquer interesse econômico!

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