Nesta quarta-feira (05), em mais um ataque gravíssimo à Educação Pública, o desgoverno Bolsonaro anunciou um confisco de mais de R$ 1 bilhão das verbas de custeio das universidades. Com isso, as unidades públicas de ensino superior podem paralisar, já que, novamente, correm o risco de não conseguirem pagar funcionários e custos de operação.
Com mais esse bloqueio, o presidente já confiscou R$ 2,4 bilhões do orçamento previsto para o Ministério da Educação (MEC) neste ano. Isso porque, nos meses de julho e agosto, o governo federal também já havia bloqueado R$ 1,34 bilhão. Conforme análise do Centro de Estudos Sou Ciência, nos últimos quatro anos foi registrada uma redução de 94% nos investimentos destinados às universidades.
Em abril de 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “até filhos de porteiros estavam chegando nas universidades”, como se isso fosse um problema e não um avanço social. Em pleno acordo com essa ideologia elitista e excludente, Bolsonaro continua perseguindo e tentando destruir as universidades públicas, que muitas vezes são a única opção para as filhas e filhos da classe trabalhadora.
E não são apenas as instituições públicas de ensino superior que estão sendo constantemente atacadas, pois os institutos federais também vêm sendo alvos do desgoverno. Dos 21 institutos de pesquisas científicas que existem no país, 19 apresentaram queda no orçamento desde 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência.
Devido à grave situação das universidades e institutos, que podem acabar tendo que fechar as portas e paralisar de vez as pesquisas, movimentos estudantis de todo o país já se mobilizam contra a política de desmonte da Educação. O SISMMAR, desde já, apoia esse movimento dos estudantes e se soma na luta em defesa das universidades e institutos de pesquisa.
Ainda sobre o assunto, vale reforçar que esse novo confisco virou destaque na imprensa e na internet no momento em que circulam vídeos que associam Bolsonaro à maçonaria, o que tem feito com que o atual presidente perca votos de cristãos, seu principal eleitorado. É importante essa análise porque a “cortina de fumaça” tem sido uma estratégia do desgoverno sempre que algum escândalo do presidente vem à tona.
Em defesa das universidades, dos institutos federais, da ciência e dos estudantes, FORA BOLSONARO!