Na semana em que ocorreu o Dia da África (25/05), um dia para celebrar diferentes culturas de um continente diverso, no qual está a origem da humanidade, um dos melhores jogadores de futebol do mundo, Vinícius Jr, atleta do Real Madrid, foi vítima, ao menos pela décima vez, do pior que há do racismo.
Enquanto trabalhava dentro de campo, o jogador foi covardemente hostilizado pela torcida do Valência e chamado de “macaco”. Para piorar, quando ele reagiu à violência, ainda foi o único a ser expulso da partida, mesmo após ter recebido um golpe de mata-leão de um jogador branco do time adversário.
Em episódio anterior, racistas chegaram a enforcar um boneco com a camisa de Vini Jr em um nítido crime de ódio na Espanha. Isso mostra que o racismo também não poupa as pessoas negras bem-sucedidas, que quando chegam ao sucesso não podem sequer desfrutar da sensação de pertencimento a esse mundo tão embranquecido.
No Brasil, diariamente corpos negros são violentados, muitas vezes pelo racismo institucional, pela brutalidade policial do próprio Estado. Esse racismo vai até quando? Até quando as mães negras vão continuar chorando a morte de seus filhos jovens? Até quando pessoas pretas vão ser humilhadas e mortas pela cor da pele?
Acreditamos que a luta para acabar com o racismo passa por uma educação antirracista. Enegrecer a Educação é mostrar aos nossos estudantes um novo paradigma, um novo olhar, um novo jeito de pensar o mundo. Nem melhor, nem pior – simplesmente diferente.
O racismo não é um problema dos negros – é um problema da humanidade. E é nesse sentido que todos nós devemos contribuir para que a desumanidade, que ocorreu com o Vini Jr, nunca mais aconteça.
CHEGA!
RACISMO É CRIME E DEVE SER TRATADO COMO TAL!
