Na noite desta terça-feira (13), a Audiência Pública: Metodologia de Avaliação durante a Pandemia, promovida pelo Conselho Municipal de Educação (CME) e transmitida ao vivo pelo SISMMAR e o SIFAR, precisou ser suspensa devido a sucessivos ataques cibernéticos que ocorreram durante o evento online.
A audiência era aberta ao público, já que o objetivo era debater com a sociedade sobre o método de avaliação a ser implantado na rede municipal de ensino. Entre conselheiros do CME, professores, pais de estudantes e estudantes, mais de 100 pessoas participavam da reunião no Google Meet quando os ataques se iniciaram.
Os invasores, que utilizavam nomes falsos e conseguiram burlar o sistema que permitia a entrada dos participantes na chamada de vídeo, fizeram diversas ofensas aos trabalhadores da educação e reproduziram conteúdos pornográficos.
Diante de mais este ataque cibernético, o SISMMAR e o SIFAR vêm a público repudiar a ação virtual criminosa. Não é a primeira vez que um evento online voltado à Educação é invadido por grupos que fazem esse tipo de ataque. Em 2020, pelo menos dois eventos online promovidos pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) também foram alvo de ataques cibernéticos.
O CME lançou uma nota após suspender o evento, na qual pede desculpas aos participantes da audiência pública e solicita que as sugestões sejam encaminhadas para o e-mail cme.araucaria@educacao.araucaria.pr.gov.br.
Os conselheiros também já informaram que estão tomando as devidas providências para que o crime virtual seja apurado pelas autoridades. Os sindicatos se somam no pedido para que os cybercrimes sejam investigados e os responsáveis punidos, conforme previsto na Lei dos Crimes Cibernéticos (12.737/2012).
A falsa sensação de anonimato tem levado muitos internautas mal intencionados a acreditarem que vão cometer crimes online e sairão impunes, portanto, é urgente que as autoridades especializadas investiguem esses casos. O aumento no número de ataques cibernéticos durante a pandemia, com a transferência das atividades presenciais para plataformas virtuais, também demonstra a fragilidade dessas plataformas e o quanto os trabalhadores da educação e os estudantes estão expostos.
Denuncie!
Em casos de publicações e ataques racistas, misóginos, LGBTfóbicos, ou de apologia ao nazismo e pornografia infantil, é possível fazer a denúncia anônima e acompanhar a investigação através do site https://new.safernet.org.br/denuncie. A Safernet tem parceria com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Procuradoria Geral, além de empresas como Google e Facebook, e atua com foco na promoção dos Direitos Humanos.
Para denunciar qualquer tipo de crime virtual, basta procurar uma Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) ou a delegacia mais próxima, e fazer um boletim de ocorrência.
Basta de ataques cibernéticos! Internet não pode ser terra de ninguém!