O SISMMAR obteve informações de que a nova gestão que administra a Prefeitura de Araucária vem sendo cobrada pela Associação Comercial do município para que volte a pagar o auxílio-alimentação dos servidores através de cartão. Para o sindicato, essa mudança representaria um retrocesso nos direitos do funcionalismo municipal.
Outra ponderação do SISMMAR é em relação aos gastos que essa alteração acarretaria para os cofres públicos do município. Isso porque o retorno do pagamento do auxílio através de cartão obrigaria a Prefeitura a gastar com a contratação de uma empresa para administrar esse modelo de pagamento.
Sabendo dessa especulação, o sindicato foi conversar com a equipe do novo prefeito para saber o que vão fazer com essa demanda. De acordo com o Executivo, ainda não existe um encaminhamento nesse sentido e qualquer possibilidade de mudança será discutida com os sindicatos que representam o funcionalismo.
Por que o sindicato é contra a mudança?
A Prefeitura passou a pagar o auxílio-alimentação em pecúnia na segunda gestão do ex-prefeito Hissam, após diversas negociações com as entidades sindicais representativas dos servidores municipais. À época, os sindicatos explicaram e comprovaram que a mudança seria benéfica e resultaria em economia para o município.
Basicamente, o funcionalismo defende que o auxílio-alimentação continue sendo pago em pecúnia/valores no contracheque por 04 motivos:
- Gera economia para os cofres públicos do município, já que não é necessário gastar com contrato com a empresa que administra o cartão;
- Com o pagamento em dinheiro, os servidores podem fazer suas compras em qualquer supermercado ou restaurante, já que o cartão que era utilizado apresentava restrições e não era aceito em diversos estabelecimentos (inclusive de Araucária);
- A mudança na forma de pagamento impactaria negativamente no planejamento financeiro das famílias dos funcionários públicos, que contam com esse valor no final do mês;
- O pagamento do auxílio em pecúnia não gera ônus para a Prefeitura e nem para o comércio local, pois os servidores continuam utilizando o valor do benefício em restaurantes, supermercados e estabelecimentos locais.