Em pleno 2017, se fizermos uma detalhada radiografia da desigualdade de gênero, constataremos um mundo opressivamente desigual para as mulheres. Um mundo que discrimina aquelas que representam metade de seus habitantes, vulneráveis a todo tipo de violência e opressão.
Dados estatísticos afirmam que
- a cada 10 minutos uma mulher é assassinada por seu companheiro ou ex-companheiro e uma de cada três já sofreu uma agressão sexual;
- as mulheres recebem salários menores que seus colegas homens, por um trabalho de igual valor.
Há países em que a desigualdade é ainda mais escancarada, como por exemplo, lugares que impedem que as mulheres casadas tenham passaporte próprio.
Por isso, organizações de mulheres de todo o mundo fizeram um chamado por uma greve no trabalho (parcial, em alguns casos) e suspensão total de consumo e de cuidados no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. E também para que se manifestem para reivindicar igualdade real. Em Curitiba, foram realizados atos durante o dia todo – clique aqui.
Foram realizadas mobilizações em mais de 46 países. Na América Latina, em razão dos graves problemas de violência contra as mulheres, o movimento Ni uma menos (Nem uma a menos) – clique aqui –, intensificou a luta pela igualdade, quando milhares de mulheres argentinas saíram às ruas para protestar contra o assassinato de uma jovem que foi estuprada e empalada naquele país.
Neste 8 de março houve muito pouco a celebrar e muitos motivos pra lutar. No Brasil, 13 mulheres são assassinadas por dia. Na Argentina matam uma mulher a cada 30 horas. Na Alemanha são mais de 300 os crimes machistas por ano – um a cada 29 horas.
Apesar de terem ocorrido avanços, ainda há países que não possuem legislação específica sobre violência contra a mulher. Ou que, como a Rússia, deram um passo atrás, ao aprovar lei que descriminaliza a violência doméstica se o agressor não foi reincidente.
As mulheres têm o direito de viver tranquilas, sem se preocupar com a roupa, nem com seus costumes. Não podemos aceitar qualquer tipo de maus tratos machistas.
Segundo dados da Unicef, mais de 50 milhões de meninas não vão à escola no mundo, a maioria delas em países da África. Sem educação, o futuro delas estará gravemente limitado. Não apenas no Brasil, a situação da mulher é crítica. A luta não cessa e, por vezes, recrudesce. Há muito o que fazer por todas!
Na foto, mobilização de 8 de março deste ano em Curitiba
Foto de Leandro Taques