Na sessão plenária desta terça-feira (11), os vereadores de Araucária aprovaram, em primeira votação, a criação do auxílio-alimentação no valor de R$ 1.279,38 para eles mesmos. A segunda e definitiva votação ocorre na plenária da próxima terça-feira (18), a partir das 09h, na Câmara Municipal.
Os únicos que votaram contra a extensão do benefício aos vereadores foram Gilmar do Sindimont (PT) e Professor Valter (Solidariedade). Votaram a favor os vereadores Celso Nicácio (PSD), Fabio Pedroso (PL), Nilso Vaz Torres (PL), Olizandro Júnior (MDB), Paulinho Cabeleireiro (União Brasil), Pedrinho da Gazeta (PSD), Vagner Chefer (PSD) e Vilson Cordeiro “Grilo” (União Brasil).
A proposta aprovada em primeira votação não é ilegal, mas é imoral num momento em que trabalhadores enfrentam dificuldades com as compras no mercado. Os próprios servidores municipais, como os professores, estão há 2 anos sem reajuste do auxílio-alimentação, mesmo com o aumento dos preços de alimentos básicos.
Caso seja aprovado em segunda votação, o auxílio-alimentação dos vereadores, que possui um valor maior do que o auxílio do funcionalismo, irá causar um impacto orçamentário de quase R$ 200 mil/ano aos cofres públicos. Por mês, o benefício aos parlamentares irá provocar uma despesa extra de R$ 16.631,94. O projeto de lei prevê que os vereadores recebam o valor em dinheiro.
Hoje, com o aumento de 32% aprovado pela Câmara Municipal em 2022, cada vereador de Araucária recebe um salário de R$ 12.661.
Enquanto isso, nas escolas, CMEIs e CMAEEs da rede municipal segue a falta de professores, profissionais de apoio e secretários escolares. Para as famílias, segue o problema da falta de vagas em CMEIs e a absurda proposta de terceirização com o vale-creche. Para os servidores, segue o auxílio-alimentação sem qualquer reajuste desde 2023 e a possibilidade do valor voltar a ser pago em cartão ao invés de dinheiro.
